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Porque às vezes vida de jornalista é esperar, esperar eternidades para poder dar uma informação, mostrar uma imagem, contar uma história, hoje estou entediada e só me apetece dormir. Obrigadinha, Ricardo Salgado.
Ainda assim, tenho uma réstia de energia para reclamar com o Pingo Doce, que hoje me enervou com a aquela treta do "não aceitamos pagamentos com multibanco abaixo dos 20 euros". Eu já sei que eles, coitadinhos, têm que pagar comissões ao banco por utilizar o multibanco, e com esta política poupam uns valentes milhões. Mas vale tudo para meterem mais algum ao bolso? E os clientes que deixam lá grande parte do seu ordenado, têm que andar sempre a correr para a caixa de multibanco antes de fazer uma compra? Filas no multibanco, filas no supermercado... afinal, quanto custa o conforto e a satisfação do cliente?
Eu até percebo que há pessoas que exageram e querem pagar um rebuçado com multibanco, mas quão razoável é dizer a um cliente que acaba de gastar mais de 15 euros em compras "não aceitamos o seu cartão, vá lá fora levantar dinheiro se quer ter as suas compras"? Isto depois de o cartão com o subsídio de alimentação (que praticamente não implica taxas) dar "não autorizado"! Não me chega constatar que ainda não chegamos ao fim do mês e já estou pobre, ainda tenho que levar com as políticas de poupança de milionários? E se eu tiver só 9 euros na conta, não posso comprar nada no Pingo Doce?
Há sempre uma justificação para tudo, com estes senhores. A limitação ao multibanco é para "concretizar mais oportunidades de poupança para o cliente", os sacos são para "defender o ambiente". Admiram-me estas empresas ecológicas que só olham para o ambiente quando podem lucrar com isso. Basta passear por um supermercado Pingo Doce para perceber que as preocupações ecológicas não existem por ali. Para disfarçar, ao menos podiam aprender com o Lidl, que tem tudo em caixotes de cartão e não se dá ao trabalho de gastar dinheiro em grandes prateleiras. Não é bonito, tem ar de armazém, mas é prático e ecológico. No Pingo Doce, tudo tem um ar muito apelativo, os produtos são embalados em quantidades escandalosas de plástico, e depois chegamos à caixa e levamos a chapada ecológica de pagar pelos sacos.
Estou chateada. Mas a minha preguiça vai-me fazer engolir isto tudo e continuar a encher-lhes os bolsos. Tio Belmiro, podia fazer mais hipermercados na baixa de Lisboa/Santa Apolónia? Faça lá o obséquio, o cliente pouco ecológico e pobre agradece!
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