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E para começar à boa maneira “blogueira”, arranco já a criticar famosos. Não é que eu goste de dizer mal das pessoas… a não ser quando elas merecem muito.
O Gustavo Santos merece muito.
Para quem ainda não se deparou com os vídeos que andam a correr as redes sociais, em que Gustavo dá uma de “Life Coach” e desata a dizer generalidades mais ou menos profundas sobre o sentido da vida, eu resumo:
Gustavo Santos é aquele rapaz simpático que apresenta o Querido Mudei a Casa, que participou no Big Brother Famosos (a investigação que eu faço para vos informar!) e que entrou em grandes produções nacionais como Floribella, Chiquititas e Morangos com Açúcar.
No meio disto tudo, Gustavo ainda teve tempo para ser bailarino, modelo… e para escrever 7 livros. A escrever, ele é mais ou menos como o professor Marcelo a ler livros – com a diferença de que ele só escreve, não lê nada.
É verdade: numa destas noites em que estive em casa rodeada por várias montanhas de lenços ranhosos, tive oportunidade de ver o Gustavo no “5 para a meia-noite”, onde ele afirmou, orgulhosamente, que escrevia tanto que não tinha tempo para ler livros. Até porque, se lesse, seria influenciado por esses mesmos livros. E aparentemente, no mundo do génio Gustavo, ser influenciado por bons escritores é uma coisa má.
De repente, Gustavo tornou-se o filósofo moderno, que é aquele filósofo que não lê, escreve mais ou menos, tem um sorriso “muita” giro, uns abdominais tão definidos que parecem de plástico, aparece na televisão e no Youtube e faz gestos engraçados com as mãos. Tem ainda uma legião de fãs do sexo feminino que defendem com unhas e dentes que “ele diz coisas muito acertadas”.
Eu confesso que nunca consegui ver, do início ao fim, os vídeos do Youtube em que o Gustavo fala sobre o sentido da vida. Isto por várias razões: primeiro, os gestos. São verdadeiramente irritantes. Gustavo consegue ser Life Coach e Mimo ao mesmo tempo. Depois, porque os excertos que vi revelam que o Gustavo não lê mesmo livros nenhuns. E desata a inventar etimologias ridículas: “O presente, se dividires a palavra em dois, é o pré-sente”; “a mente é mentirosa, porque mente”.
Mas dentro das verdades absolutas inventadas pelo Gustavo, a mais escandalosa (até agora) é esta:
"O grande responsável aqui não é o violador, não é o agressor. É o passivo. Esse é que é o grande responsável. Porque esse é que escolhe sempre e após cada agressão manter-se."
Não basta não ler livros para dizer uma coisa destas. É preciso ser um calhau sem um mínimo de noção do que é este mundo e usar constantemente uns óculos com umas lentes bem cor-de-rosa. Este “Life Coach” se calhar devia aprender um bocadinho mais sobre o que é a “life”.
E pronto, já chega de dizer mal de pessoas por agora. Deixo-vos entretanto umas paródias geniais a estes “vídeos virais” sobre a “life” do Gustavo.
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